Atrás de mim, uns passos?
um alvoroço…sem ser alto, sem ser baixo
assim…provocador.
Passou por mim uma baforada de ar,
vinha lenta, pela frente, bem fininha
senti e voltei a sentir aquele friozinho…
De novo, a mesma farfalhada?
Voltei-me, nada de nada!
A rua deserta, na hora certa…
Segui mais ligeira
movida pela inclinação da descida…
Outra vez? o som de alguém?
De quem?
Quem seria quem me seguia
no encalço das minhas pegadas?
Os cabelos puseram-se de pé
no arrepio do caminho,
outra baforada do mesmo arzinho
diria mesmo;
uma serrinha cortante, um canivete afinadinho
um pouco mais que fresquinho…
Troquei a passada larga por outra ainda mais apressada
Agora, no fim do declive, início da recta do caminho,
subitamente, a tal ramalhada; um ruidozinho de tecidos? uma
arranhada ?
Que raio de bicho me perseguia?!
Quando a baforada cessou, voltei-me sempre eriçada
foi então, que se me deparou
uma folha seca, que comigo brincou…
Uma simples folha que me assustou e na traquinice
à minha frente passou!
PN
Foto: Net
2 comentários:
Bem divertido este teu poema.
Do qual gostei, não só pela forma poética mas também pelo conteúdo, já que nos contas uma pequena história. Que já nos aconteceu a todos, ainda que possa não ter sido com a tal folhinha seca...
Bom fim de semana, querida amiga PN.
Beijo.
Não era uma folha, Pedras. Tu não reparaste, mas era eu. Andava, intrigado, a tentar descobrir donde te vinha tanta energia. Retirei-me, convencido, determinado a não revelar tamanho segredo. :)
Um beijinho :)
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